A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu nesta quinta-feira (11) o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura suposta interferência do mandatário na Polícia Federal. A AGU precisou enviar a manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), após a defesa do ex-juiz Sergio Moro questionar a forma como a oitiva do presidente foi feita. Os advogados de Moro não foram informados sobre o depoimento de Bolsonaro e não puderam fazer perguntas. A informação foi divulgada pelo portal G1.
No dia 3 de novembro, o presidente foi ouvido no no Palácio do Planalto pelo delegado da PF Leopoldo Soares Lacerda, da Polícia Federal. Ele respondeu a 13 perguntas. A AGU argumentou que Moro não tem "qualidade de ator processual que lhe assegure prerrogativas de ampla participação na investigação". Além disso, o órgão, que representa o presidente, afirmou que não participou também do depoimento de Moro à PF e que não houve quebra de isonomia entre os investigados.