Ouça este conteúdo
A Advocacia Geral da União apresentou recurso contra a decisão do ministro Celso de Mello que estabeleceu depoimento presencial do presidente Jair Bolsonaro no inquérito do Supremo que apura suposta tentativa de interferência política na Polícia Federal. A AGU quer que o depoimento possa ser feito por escrito, informa o portal G1. A argumentação apresentada ao STF é de que o interrogatório é meio de defesa e portanto "não é desarrazoado afirmar que o direito ao silêncio permite não apenas a ausência de manifestação, mas, caso seja ela feita, autoriza a sua realização na forma que o investigado pretender, desde que lícita. Se é possível silenciar, natural poder manifestar-se de forma diversa da oral", alega a AGU. O pedido é para que Celso de Mello reveja a decisão que negou o depoimento por escrito, garantindo isonomia de tratamento em relação ao ex-presidente Michel Temer quando ocupava o Planalto. Ainda de acordo com o documento da AGU, a PF teria indicado as datas de 21, 22 ou 23 de setembro para a diligência.