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A Advocacia-Geral da União fez uma defesa enfática, perante a Justiça Federal em Brasília, de Fábio Wajngarten, do chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro. Em manifestação no âmbito de ação popular movida por deputados do PSOL que pedem o afastamento do chefe da Pasta, advogados da União afirmam que ele é alvo de "ilação" e "inverídica acusação". Ele é sócio da FW Comunicação e Marketing, que detém contratos com ao menos cinco empresas que recebem recursos direcionados pela Secom. Segundo o subprocurador-regional da União da 1.ª Região, Diogo Palau Flores dos Santos, e a coordenadora-geral de Atuação Estratégica, Júlia Thiebaut Sacramento, a "ilação de favorecimento a determinadas emissoras de televisão em detrimento de outras revela uma ausência completa de conhecimento sobre a publicidade institucional dos órgãos governamentais". De acordo com os advogados da União "não há qualquer favorecimento a quem quer que seja, mas sim tão somente um planejamento que busca a eficiência administrativa". Na ação popular, os deputados Ivan Valente e Juliano Medeiros, do PSOL, pedem, liminarmente, o afastamento de Wajngarten. Em outra esfera de investigação, a Polícia Federal abriu inquérito por supostos crimes de peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa após requisição do MPF.