O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, um dos fundadores do PSDB, anunciou nesta quarta-feira (15) a sua saída do partido em que militou por 33 anos. "É um novo tempo! É tempo de mudança!”, escreveu em sua conta no Twitter. A despedida foi oficializada em carta enviada ao diretório do partido tucano após meses de especulação sobre seu destino político.
Divergências com o ex-pupilo João Doria, atual governador e pré-candidato à Presidência em 2022, deixaram Alckmin sem espaço no ninho tucano. Ele desejava se candidatar ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, mas Doria trabalhou contra sua candidatura. Assim, para manter relevância política, o ex-governador decidiu se desfiliar.
Em sua passagem de mais de três décadas pelo PSDB, Alckmin foi deputado federal, vice-governador, governador de São Paulo por quatro vezes, candidato à Presidência por duas vezes e também presidente nacional do partido. "Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho", afirmou.
Alckmin tem convite para ser candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. "Valeu cada obstáculo vencido, cada momento vivido, cada conquista feita. Em breve, anunciarei meus próximos passos", escreveu o ex-tucano em uma série de quatro tuítes.