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Presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre sofre pressões para marcar a sabatina de André Mendonça, indicado por Bolsonaro ao STF| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Alvo de críticas por protelar a sabatina do advogado André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) está sendo acusado de pagar uma mesada a uma ex-funcionária do Tribunal de Justiça do Amapá (TJ-AP) a pedido do atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP). Um áudio publicado pelo site da Veja mostra Alcolumbre supostamente negociando os termos de um “acordo” para que uma mulher recebesse um "salário" de R$ 6 mil sem trabalhar, com direito a férias, 13º e até um carro. O caso teria ocorrido em 2013.

O pedido teria sido feito pelo desembargador Gilberto Pinheiro, que empregou a moça no TJ-AP por dois anos até dispensá-la por motivos não esclarecidos. Para não deixar a ex-funcionária desassistida, Pinheiro então teria pedido esse favor a Alcolumbre, na época deputado federal. Em troca, o desembargador contrataria a esposa do parlamentar, Liana Gonçalves de Andrade, com salário equivalente.

Procurador por Veja, Gilberto Pinheiro não quis se manifestar. Já o senador disse, via assessoria de imprensa, desconhecer o assunto. Alcolumbre é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado responsável por analisar as indicações do presidente da República para o STF, e até fevereiro deste ano ocupava a presidência do Senado Federal. André Mendonça aguarda há três meses que Alcolumbre marque a data da sabatina.