Uma ala do Congresso faz lobby para o presidente Jair Bolsonaro indicar um nome da Região Norte para a próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta em 2021. O grupo é liderado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), que é do Amapá. A informação é da Folha de São Paulo. Em julho do ano que vem, o ministro Marco Aurélio Mello, atual decano da Corte, terá de se aposentar por idade e de forma compulsória.
Para isso, o grupo enfrentará a resistência de outra ala política influente: a bancada evangélica, que desde o início do governo Bolsonaro pressiona por um nome de sua preferência. O próprio presidente da República já afirmou que planeja nomear alguém "terrivelmente evangélico" para o STF na vaga de Marco Aurélio.
O Supremo só teve um ministro nascido no Norte do país. O paraense Menezes Direito tomou posse em 2007 após indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele passou dois anos no STF, até setembro de 2009, quando morreu aos 66 anos.