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Investigação sobre cartão de vacina

Moraes mandou apreender passaporte de Bolsonaro, mas PF não recolheu documento

Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão contra recomendação da PGR (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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Na decisão que determinou a busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes ordenou que a Polícia Federal também recolhesse seu passaporte. “Determino as seguintes medidas: (1) a busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos”, diz a decisão.

Apesar da ordem, o gabinete do ministro informou a imprensa, após a divulgação da decisão, que o passaporte de Bolsonaro não foi efetivamente recolhido pela PF durante a busca e apreensão em sua casa nem será apreendido. Os investigadores entendem que o documento não é de interesse da investigação.

A apreensão do documento não foi pedida pela PF e a própria busca foi contestada pela Procuradoria-Geral da República.

Moraes autorizou a medida e ainda disse que a PF também poderia vasculhar “endereços contíguos” aos locais visitados pelos agentes, de modo a “verificar a existência de eventuais cômodos secretos ou salas reservadas em quaisquer dos endereços diligenciados”.

Também disse que os policiais poderiam realizar a busca em “veículos automotores eventualmente encontrados no endereço e nos armários de garagem” e acessar arquivos, mensagens e e-mails armazenados em computadores, celulares ou discos rígidos. Qualquer dinheiro em espécie ou bens de elevado valor também deveriam ser apreendidos.

A Operação Venire investiga a inserção, em sistema do Ministério da Saúde, de dados falsos de vacinação contra Covid para Bolsonaro e sua filha Laura. Segundo as investigações, as informações foram inseridas pelo ajudante de ordens do ex-presidente, o coronel Mauro Cid. Para a PGR, não há prova de que Bolsonaro tenha aquiescido com o ato.

O ex-presidente nega fraude, diz que sempre afirmou que nunca se vacinou e que não precisava de um cartão de vacinação para viajar a outros países, inclusive os Estados Unidos, para onde embarcou no final do mandato, em razão de possuir um passaporte diplomático.

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