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O ministro Alexandre de Moraes é o novo relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O nome dele foi escolhido por sorteio, nesta terça-feira (20), após o presidente da Corte, Luiz Fux determinar a redistribuição do inquérito. O objetivo foi evitar que o futuro ministro do Supremo Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro, assuma o caso que investiga o presidente da República, o que causaria constrangimento à Corte.
A investigação sobre a interferência na PF foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República, após acusação feita pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, quando pediu demissão do governo, em abril deste ano. Moraes assume o papel que até 15 dias atrás era de Celso de Mello, o decano da Corte que se aposentou compulsoriamente após completar 75 anos de idade.
O inquérito se encontra em estágio avançado, faltando apenas a coleta do depoimento do presidente Bolsonaro. Antes, porém, o plenário do STF precisa encerrar o julgamento que decidirá se o presidente da República pode prestar depoimento por escrito ou se deve ser interrogado pessoalmente.
Moraes já é o relator de dois inquéritos importantes que tramitam no STF: o que investiga a realização de atos antidemocráticos, com pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do próprio STF, e o polêmico inquérito das fake news, que apura a divulgação de discursos de ódios e notícias falsas contra ministros da Suprema Corte.