O deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA) está de saída do partido. A relação entre ele e a legenda sofreu constantes desgastes após uma "virada de mesa" da sigla que tirou dele a liderança da Câmara, ao fim de 2019, e a liderança da Maioria, em 2020. O parlamentar ainda não definiu seu futuro partidário.
Em 2019, ele chegou a ser eleito líder do partido para 2020 apoiado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Mas, em votação posterior, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), negociou o afastamento de dois deputados para que suplentes tucanos assumissem e votassem em seu candidato, em uma derrota a Sabino.
O apoio de Sabino à candidatura do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nas eleições da Mesa Diretora, só ampliou o desgaste. O tucano foi um dos coordenadores da campanha. Ele defendeu na Justiça a tese de perseguição e discriminação partidária. O PSDB reconheceu os ruídos na relação e aceitou a desfiliação amigável.
Apesar dos ruídos, Sabino agradece a experiência no partido. “Tenho grandes amigos no PSDB, um respeito enorme por lideranças que contribuíram com a história do país e uma relação próxima com expoentes da nova geração tucana. Contudo, são públicas as divergências que existem com alguns dirigentes. Por isso, a minha saída”, explicou.