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Ao comentar sobre o voto impresso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, classificou o modelo como um "anacronismo". Sobre a troca do modelo atual, com urnas eletrônicas para o voto em cédula, Barroso afirmou que é uma questão do Legislativo e do Supremo Tribunal Federal (STF). "Isso não depende do TSE. Isso dependeria de o Congresso aprovar uma emenda e de o STF considerá-la constitucional", apontou, em entrevista publicada pela Folha neste domingo (6).
Barroso cita dois pontos ao defender o modelo com urnas eletrônicas. "Em primeiro lugar, pelo fato de que ao tempo que tínhamos voto impresso é que tinha muita fraude. Na verdade desde 1996 nunca se noticiou uma fraude sequer. O voto em cédula é de um anacronismo, com todo respeito a quem pense diferente", disse.
Por outro lado, um dia depois do primeiro turno das eleições municipais em 2020 o presidente Jair Bolsonaro defendeu o voto impresso em 2022. "Nós temos que ter um sistema de apuração que não deixe dúvidas. É só isso. Tem que ser confiável e rápido. Não deixar margem para suposições. Agora [temos] um sistema que desconheço no mundo onde ele seja utilizado. Só isso e mais nada", disse.