A defesa do ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, pode não comparecer à sessão da Câmara Legislativa do DF que investiga os atos do dia 8 de janeiro, marcada para esta quinta (9).
O advogado Rodrigo Roca disse à Gazeta do Povo, nesta quarta (8), que tudo o que Torres poderia falar sobre os protestos ocorridos em Brasília já foi dito à Polícia Federal, em um depoimento de mais de 10 horas.
De acordo com Roca, o depoimento de Torres aos deputados distritais envolveria uma logística muito grande de transporte entre o local em que está detido e a Câmara Legislativa, com gasto de dinheiro público, e não esclareceria mais do que já foi dito. Uma petição oficializando o não comparecimento à CPI do DF deve ser protocolado ainda nesta quarta (8).
A Câmara Legislativa confirmou à reportagem que já trabalha com essa possibilidade. A decisão da defesa de Torres de não levá-lo à sessão da CPI ocorreu horas depois do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar o ex-secretário a se manter em silêncio no depoimento ou mesmo não comparecer.
“A condução de Anderson Torres, que encontra-se preso preventivamente, deverá ser feita mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância”, disse Moraes na decisão.