Anderson Torres é acusado de omissão durante os atos de vandalismo em Brasília
Anderson Torres é acusado de omissão durante os atos de vandalismo em Brasília| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil

Preso em Brasília desde sábado (14), o ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres ainda não tem data para prestar seu depoimento à Justiça. A expectativa, no entanto, é de que isso ocorra até a próxima sexta-feira (21).

O ex-ministro está preso está preso no 4º Batalhão de Polícia Militar, na região do Guará, no DF. Havia a expectativa de que ele fosse transferido para o Batalhão da PM, no Complexo Penitenciário da Papuda, conhecida como “Papudinha”, após a audiência de custódia. Contudo, isso só deve ocorrer após Anderson Torres prestar o seu depoimento à Justiça.

A prisão do ex-ministro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e referendada pelo plenário da Corte. O pedido foi feito pela Polícia Federal, que viu fortes indícios de conivência com quem praticou os atos de vandalismo em Brasília no último domingo (8).

Após deixar o Ministério da Justiça com o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do DF. Com o episódio de vandalismo, ele foi demitido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que também foi afastado do cargo por decisão do STF.

Além do mandado de prisão, a PF cumpriu nesta semana uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro. No local, os investigadores encontraram a minuta de um decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) mudasse o resultado das últimas eleições. A ideia seria instaurar um Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nas redes sociais, Anderson confirmou a existência do documento e disse que o decreto seria “triturado oportunamente” no Ministério da Justiça.