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Investigações

Ao STF, comando da PF nega interferência e diz que trocas são “naturais”

Polícia Federal
"Absolutamente natural": diretor-geral da Polícia Federal nega tentativa de interferências por meio de trocas de comando. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O diretor-geral da Policia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (22) esclarecimentos sobre trocas de diretores da instituição realizadas pouco depois de ele assumir o comando da PF, em fevereiro.

Nunes de Oliveira afirmou que a realização de substituições é algo "absolutamente natural", uma vez que "os titulares de cargos comissionados são pessoas de absoluta confiança das autoridades superiores, constituindo os canais de transmissão das diretrizes para a execução administrativa". Ainda segundo o diretor-geral, pode-se dizer que é "desejável" a possibilidade de trocas, garantindo "o princípio republicano da temporariedade" e permitindo que os cargos contem com pessoas "comprometidas com o projeto de gestão".

Márcio Nunes de Oliveira negou a intenção de interferir nas investigações por meio das mudanças de comando promovidas no setor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção, área responsável pelos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ainda segundo ele, o novo comandante da Dicor "atendeu aos requisitos, porquanto conta com mais de 18 anos de experiência no exercício do cargo de Delegado de Polícia Federal, tendo tomado posse em 29/12/2003, além de ser integrante há mais de uma década da classe especial e ter assumido cargos de chefia".

As explicações de Nunes de Oliveira foram encaminhadas ao Supremo a pedido do Ministro Alexandre de Moraes em atendimento a uma representação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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