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Covid-19

CFM aponta falhas em aplicativo da Saúde e pasta diz que sistema foi invadido

Governo federal retirou o aplicativo TrateCov do ar alegando que o sistema foi invadido e ativado indevidamente. (Foto: )

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O Ministério da Saúde desativou nesta quinta-feira (21) o aplicativo TrateCovid, lançado no dia 14 de janeiro como um recurso para auxiliar no diagnóstico da Covid-19 no País. Segundo a pasta, “o sistema foi invadido e ativado indevidamente – o que provocou a retirada do ar, que será momentânea”.

O movimento do governo aconteceu logo depois que o Conselho Federal de Medicina (CFM), principal entidade representativa dos médicos do país, solicitou a retirada imediata do app após analisar o conteúdo e identificar inúmeras falhas. Em primeiro lugar, segundo o conselho, o aplicativo permite o preenchimento por não médicos. Além disso, o órgão considerou que o app “assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional”.

Ainda conforme o conselho, o aplicativo induz à automedicação, interferindo na autonomia dos médicos. O TrateCovid, acrescenta a entidade, não preserva o sigilo das comunicações e não deixa claro a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos. Em nota, o Ministério da Saúde respondeu que o app foi lançado como “projeto-piloto” e que não estava “funcionando oficialmente”.

No site do governo federal, o aplicativo era apresentado como um projeto “guiado por rigorosos critérios clínicos, que ajudam a diagnosticar os pacientes com mais rapidez”. Segundo nota, “o TrateCOV sugere algumas opções terapêuticas disponíveis na literatura científica atualizada, sugerindo a prescrição de medicamentos. Assim, o diagnóstico sai mais rápido e o tratamento tem início precocemente, contribuindo na redução de internações e óbitos por Covid-19”, explicou o governo federal.

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