O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou nesta terça-feira (18) a "violação da integridade territorial da Ucrânia" e defendeu uma solução "política e negociada" para a guerra. Em fevereiro do ano passado, a Rússia invadiu o país vizinho e deu início ao conflito.
"Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito. Falei da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu", disse Lula após reunião com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis.
A nova fala de Lula ocorre após a repercussão da visita do chanceler russo, Serguei Lavrov, ao Brasil. Além disso, neste final de semana, o petista voltou a afirmar que a “decisão da guerra foi tomada por dois países” e ressaltou que os Estados Unidos e a Europa acabam contribuindo para a continuidade do conflito.
As declarações e a visita do chanceler russo causaram forte repercussão. Nesta segunda (17), o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, disse em entrevista coletiva que a fala de Lula foi “profundamente problemática” e que o Brasil “está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”.
O porta-voz da União Europeia para Relações Exteriores, Peter Stano, também rebateu a fala de Lula. “Não é verdade que a UE e os EUA estejam ajudando a prolongar o conflito [da Rússia contra a Ucrânia]. A verdade é que a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal em violação da Carta das Nações Unidas”, disse Stano nesta segunda.