O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir na tarde desta terça-feira (24) com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em Buenos Aires, na Argentina. O encontro está previsto para ocorrer após a participação de Lula na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Na segunda-feira (23), Lula destacou a importância da Celac na integração regional e disse sentir orgulho da participação de Cuba no bloco. Ainda no contexto das relações exteriores, o presidente pediu “carinho” com a ditadura de Cuba e o fim do embargo econômico contra a ilha promovido pelos Estados Unidos há 60 anos.
"Que se acabe o bloqueio a Cuba, que já dura mais de 60 anos sem nenhuma necessidade. Os cubanos não querem copiar o modelo brasileiro ou dos Estados Unidos, querem fazer o próprio modelo. E quem tem a ver com isso? Portanto, tem que tratar Venezuela e Cuba com muito carinho e, naquilo que pudermos ajudar a resolver seus problemas, nós ajudaremos", disse o petista.
Além da relação com Cuba, Lula também defendeu o estreitamento das relações com a Venezuela, sob o comando do ditador Nicolás Maduro. "O Brasil vai restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela. Nós queremos que ela tenha embaixada no Brasil e que o Brasil tenha embaixada na Venezuela. Vamos restabelecer a relação civilizada entre dois estados autônomos, livres e independentes", afirmou Lula.
Uma agenda de Lula com Maduro também estava prevista para ocorrer durante sua passagem pela Argentina. No entanto, o ditador venezuelano desistiu de participar do encontro da Celac.
Na próxima quarta-feira (25), Lula segue em viagem oficial para o Uruguai, onde se encontrará com o chefe do Executivo no país, Luis Alberto Lacalle Pou. O petista receberá um prêmio pela sua atuação em defesa do Meio Ambiente, entregue pela Intendência da cidade, e encontrará o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica.