O partido português Chega decidiu adiar um evento previsto para os dias 13 e 14 de maio, em Lisboa, porque alguns dos convidados não devem comparecer, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a Operação Venire para investigar a suposta adulteração do cartão de vacinação de Bolsonaro.
O líder do Chega, André Ventura, anunciou nesta quinta (4) que o partido terá de encontrar uma nova data para o evento, para o qual também estava confirmada a presença do vice-presidente do governo da Itália, Matteo Salvini. Em vídeo, Ventura disse que alguns dos seus convidados sofrem "perseguições" e deu o exemplo de Bolsonaro.
O partido Chega havia apresentado o evento como a "grande cúpula mundial da direita", com Bolsonaro e Salvini como protagonistas. Anteriormente, Ventura disse que queria a participação do ex-presidente americano Donald Trump e do líder do partido espanhol Vox, Santiago Abascal, mas nunca recebeu confirmações.
O evento seria a primeira visita de Bolsonaro a Portugal depois de ser eleito presidente do Brasil, já que não fez nenhuma viagem durante o seu mandato, apesar dos laços históricos entre os dois países. Por sua vez, Salvini já participou em um congresso do Chega em 2021.