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O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime de constrangimento ilegal em fala dirigida a um repórter no dia 24 de agosto. "Minha vontade é encher tua boca na porrada", disse o presidente, ao ser questionado sobre depósitos feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz à primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Em manifestação encaminhada a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), Aras disse que não há elementos que "o jornalista tenha sido obrigado, coagido, forçado a fazer algo específico que a lei não manda ou a não fazer algo em particular que ela permite". Para o PGR, o crime de ameaça deve ser investigado a partir da provocação da vítima, o que não ocorreu. Ainda segundo Aras, Bolsonaro está encoberto pela imunidade presidencial, pois os fatos não guardam relação com o mandato, conforme prevê a Constituição.