O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (2) que intime o presidente e o relator da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente, para explicarem suposto uso de dados sigilosos durante um depoimento na comissão.
A solicitação de Aras é referente a uma notícia-crime apresentada pelo vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em novembro, Carlos acionou a Corte e atribuiu aos senadores crimes como prevaricação e abuso de autoridade ao longo das investigações. O vereador alegou que a comissão atuou de forma política para atacar o presidente.
O PGR pretende esclarecer como a cúpula da CPI teve acesso a um inquérito que apurava a organização de atos antidemocráticos contra o Congresso e o STF, que teria sido citado durante o depoimento do ex-secretário Especial de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten. O procurador-geral ressalta que o pedido de informações é necessário para avaliar eventuais desdobramentos sobre o caso.