O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (23) a recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, ao segundo mandato à frente do Ministério Público Federal (MPF). Aras agradeceu ao presidente e ao Senado, que aprovou sua recondução no dia 24 de agosto. Ele reiterou a "lealdade" a Constituição e a defesa do regime democrático.
A cerimônia ocorreu presencialmente no Palácio do Planalto. Porém, Bolsonaro participou por videoconferência, pois segue em isolamento no Palácio do Alvorada. "A caneta do procurador-geral da República não será instrumento de peleja política, menos ainda de perseguição", disse Aras.
O chefe do MPF ressaltou que os últimos dois anos foram "marcados por desafios" potencializados pela pandemia da Covid-19. "Agindo preventivamente, evitamos conflitos, favorecemos a segurança jurídica necessária à redução do custo Brasil para atrair mais recursos nacionais e estrangeiros, colocamo-nos ao lado do Brasil que produz, que distribui e que consome para chancelar a segurança jurídica".
Aras afirmou que o autocontrole coíbe "eventual e indevida militância partidária ou ideológica", que possam prejudicar a imparcialidade na atuação da Procuradoria. "Quem não faz política, faz guerra. E nós não queremos guerra, queremos paz e harmonia sociais. Não cabe ao Ministério Público atacar passionalmente indivíduos, instituições, empresas ou mesmo a política", apontou.
Entre as ações do MPF, ele destacou a instalação de 16 Gaecos (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Participaram da cerimônia: o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; o ministro da Justiça, Anderson Torres; e o advogado-geral da União, Bruno Bianco.