O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou durante seu depoimento na CPI da Covid que partiu do Ministério da Saúde a ideia de comprar apenas 10% das vacinas que o Brasil teria direito no consórcio Covax Facility. O ex-chanceler confirmou que houve uma reunião na Casa Civil para analisar a entrada do Brasil no grupo, e que a pasta da Saúde não optou pelos 50% que teria direito.
“Jamais fui contra (o consórcio), o Itamaraty esteve atento desde abril de 2020, assim que o Covax tomou forma, em julho, assinei carta para o gestor do consórcio dizendo que o Brasil tinha interesse em entrar. O contrato ficou pronto em setembro e assinamos naquele momento”, afirmou Araújo.
A adesão do Brasil ao consórcio foi anunciada no dia 24 de setembro, na gestão de Eduardo Pazuello à frente da Saúde. A iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o fornecimento de vacinas para o mundo resultou na aquisição de 2,9 milhões de doses para o Brasil.
Ernesto depõe à CPI da Covid; assista ao vivo