Menos de um mês depois de sua queda no Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo será um dos primeiros alvos dos trabalhos da CPI da Covid. A comissão vai analisar se a atuação do ex-chanceler atrapalhou a compra de vacinas e de insumos necessários para o combate à pandemia do coronavírus e seu pedido de convocação para prestar depoimento já faz parte do pré-roteiro de trabalhos da CPI.
Para se defender das suspeitas da CPI, Araújo usou suas redes sociais e afirmou que sua atuação à frente do Itamaraty "não foi empecilho para nada". "Pelo contrário. Ajudei a implementar a estratégia traçada pelo Ministério da Saúde, que mantém o Brasil - como já em minha gestão - na posição de 5º país que mais vacina no mundo e um dos únicos com previsão de vacinar toda a população ainda em 2021, tal qual os EUA, Israel e Reino Unido", escreveu o diplomata.
"Nunca houve uma crise de vacinas", alegou na sua postagem. Visto como um dos responsáveis pelo Brasil ter demorado a comprar vacinas, Araújo será fortemente questionado sobre essa situação quando prestar depoimento na CPI. Ele diz que, desde sua saída do Ministério, não chegaram novas doses.