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Nova liderança

Bancada evangélica pretende ser 30% do Congresso, diz Sóstenes Cavalcante

O novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante.
O novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados.)

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O novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (10) que o foco para as eleições é ampliar para 30% a presença do grupo no Congresso. "Somos 30% da população brasileira, e não somos 30% dos deputados, muito menos dos senadores", disse o deputado em entrevista ao Estadão. Na legislatura atual, o grupo conta com 115 deputados e 14 senadores. Caso a meta do bloco seja atingida, representaria o acréscimo de cerca de 40 deputados e 11 senadores ao grupo.

Sóstenes assumiu a liderança da bancada evangélica nesta quarta-feira (9), substituindo o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP). "Focar na eleição para ampliar a bancada com o máximo de colegas. Somos sub-representados. Somos 30% da população brasileira, e não somos 30% dos deputados, muito menos dos senadores. Precisamos melhorar a fidelização do voto de base das nossas igrejas aos nossos representantes, dar prioridade à reeleição”, disse o parlamentar.

O deputado reforçou que é necessário dar prioridade ao "voto representativo" entre os membros da bancada, para evitar "evasão" de votos em pautas de interesse do grupo. "Se não temos 30% dos votos, é porque os votos estão se evadindo para pessoas que não são evangélicas. Os dados têm que chegar à liderança religiosa tem que chegar aos liderados, aos pastores e aos membros. Quando não fidelizamos e não damos prioridade no voto representativo, elegemos pessoas que não têm os mesmos valores. Estamos tendo evasão de votos no segmento", ressaltou.

Sóstenes foi questionado se o direcionamento de votos pela igreja pode resultar em uma espécie de voto de cabresto ou "de cajado" pela influência nos fiéis. Segundo ele, o que o grupo pretende é "conscientizar" pessoas dentro do segmento.

"Ninguém faz voto de cabresto em nenhuma igreja. O que queremos é conscientizar que dentro das opções no segmento, das que têm chance e competitividade, o eleitor possa escolher seu candidato. Não existe isso de dizer 'vote neste ou naquele'. Não podemos deixar minar nossas bases. Temos um elenco de opções, pode haver orientação para os irmãos escolherem dentro do segmento os competitivos. Os sindicatos fazem isso, os empresários fazem, o agronegócio faz isso", afirmou.

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