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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que as redes sociais estão sendo usadas para "campanhas de ódio" por líderes populistas e extremistas para "preparar o caminho para o autoritarismo". Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, o ministro defendeu a democracia, rebateu a proposta pelo voto impresso e criticou os defensores da ditadura. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Bolsonaro fez uma série de ataques contra Barroso recentemente ao defender o voto impresso.
"O extremismo hoje se vale, sobretudo, utilizando as redes sociais para campanhas de ódio, campanhas de desinformação e teorias conspiratórias. E aí nós caímos no autoritarismo, que é essa tentação permanente e em diferentes partes do mundo de concentração do poder, de supressão das instituições representativas. E, hoje em dia, o populista extremista autoritário se vale das redes sociais para atacar as instituições para tentar enfraquecê-las e preparar o caminho para o autoritarismo. Assim tem sido a experiência mundial", disse Barroso nesta quarta-feira (4).
O presidente da Corte eleitoral participou de um evento organizado pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-RJ. O ministro afirmou durante seu discurso que a democracia passa por um processo de erosão motivado por "por agentes políticos eleitos pelo voto popular como presidentes e primeiros-ministros".
