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Em decisão desta quinta-feira (20), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso rejeitou pedido de liminar do governo do Distrito Federal que pedia a transferência de presos de alta periculosidade - entre os quais o líder do Primeiro Comando da Capital Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, - da Penitenciária Federal de Brasília. No despacho, Barroso pontua que a retirada desses presos é, "por essência", um tipo de operação que cria "risco de danos à integridade física de agentes públicos, dos presos transferidos, até mesmo, de terceiros" e facilita tentativas de resgate durante o percurso para transferência. Fala ainda em risco de danos econômicos (em decorrência da necessidade de logística especial, acompanhada dos consequentes gastos) e para a segurança jurídica (por causa da interferência de "atores externos ao sistema [penitenciário federal], no caso o governo do DF). Após o pedido feito pelo governador Ibaneis Rocha (MBD), a AGU já havia se defendido a permanência do preso na unidade. Em nota, o governador disse que respeita as decisões do STF. "Vamos aguardar o mérito e torcer que nada de mais grave venha a ocorrer. Da minha parte estou com a consciência do dever cumprido e continuarei trabalhando com as forças de segurança do DF para manter a paz da população", afirmou.