O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (14), que o voto impresso seria "um discurso político" e defendeu o uso das urnas eletrônicas, que, segundo ele, têm se mostrado seguras. "Esse é um discurso político. Nos Estados Unidos, havia voto impresso e boa parte dos que defendem o voto impresso no Brasil disseram que houve fraude nas eleições dos Estados Unidos. Então ficaríamos no mesmo lugar", disse Barroso em cerimônia que celebrou os 25 anos da urna eletrônica no País.
No evento, também foi apresentada uma campanha para demonstrar a segurança e transparência do sistema eleitoral brasileiro. Segundo o ministro, a ação teria sido idealizada em 2020, portanto, não seria resposta a ninguém e não buscaria polemizar. "É apenas de transparência, para conhecimento pleno e informação fidedigna sobre a lisura do processo eleitoral", afirmou. “O advento das urnas eletrônicas mudou a qualidade da democracia no Brasil e, desde então, as urnas eletrônicas vêm sendo utilizadas com sucesso, sem que jamais se tivesse documentado sequer um caso de fraude”, afirmou.
Barroso também anunciou a criação de uma comissão para acompanhar todo o processo eleitoral em 2022. “Aqui não há nada a esconder, tudo é limpo, transparente e pode ser visto, inspecionado e auditado por qualquer pessoa, a qualquer tempo.”