Ex-ministro Bento Albuquerque está envolto no caso das joias supostamente dadas de presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, vai depor à Polícia Federal nesta terça (14) sobre o envolvimento no caso das joias supostamente dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pacote com os artefatos estava em poder do almirante na volta de uma viagem ao país, e foram apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos.

O depoimento de Bento Albuquerque ocorre pouco mais de uma semana depois do ministro Flávio Dino, da Justiça, oficiar a PF a investigar as circunstâncias das joias avaliadas em mais de R$ 16 milhões. A expectativa é de que o almirante explique aos agentes algumas das informações que também foram requisitadas pelo ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU) (veja na íntegra) , como a relação de presentes recebidos durante a visita à Arábia Saudita, quais efetivamente foram trazidos, se seriam de caráter personalíssimo do casal ou seriam integrados ao acervo oficial do governo e, se de uso pessoal, se foram tomadas as providências para o pagamento dos devidos tributos.

Além de dar esclarecimentos à PF, Bento Albuquerque também deve ser exonerado do conselho de administração da usina Itaipu Binacional ainda nesta semana, conforme confirmou à Gazeta do Povo, o Ministério de Minas e Energia nesta segunda (13).

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Também na segunda (13), a defesa do ex-presidente informou que ele vai entregar o segundo conjunto de presentes recebido do governo saudita e que teria passado pela alfândega da Receita sem fiscalização. Os advogados dizem, em um documento protocolado no TCU, que Bolsonaro não pretendeu “ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]