O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou na quinta-feira (10) que o presidente americano Joe Biden planeja se encontrar com o presidente eleito Lula (PT) o mais rápido possível para debater questões como a guerra na Ucrânia e a proteção da Amazônia. Logo após o resultado do segundo turno das eleições, Biden conversou rapidamente com Lula por videoconferência.
Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Sullivan disse estar em contato com membros da equipe do presidente brasileiro eleito. “Não finalizamos os planos (do encontro), mas estou em contato com membros da equipe do presidente eleito (Lula) porque queremos ser capazes de coordenar ações de perto com eles”, afirmou o conselheiro, declarando que ainda não sabe se o encontro ocorrerá nos EUA ou no Brasil.
“Mas acho que você pode esperar um engajamento lado a lado em altos níveis entre a equipe que entra e nossa equipe para que possamos começar a trabalhar quando o presidente eleito Lula tomar posse em janeiro”, afirmou.
Ao falar sobre os desafios entre os dois países, Sullivan citou a proteção da Amazônia, afirmando que essa é uma obrigação dos EUA, prometendo ainda ajuda financeira para atingir esse objetivo. “O presidente Biden tem uma visão de longa data de que é obrigação dos Estados Unidos e de outras grandes economias ajudar o Brasil a proteger sua floresta tropical. O mesmo vale para outros países com florestas tropicais significativas, como a Indonésia”, disse o conselheiro.
“Biden vai procurar uma oportunidade antecipada para se sentar com o novo presidente (do Brasil), que expressou um compromisso real e motivação para proteger a Amazônia, e falar sobre uma variedade de formas de assistência que podemos dar, não apenas assistência técnica, mas também ajuda financeira. Isso é algo que o presidente Biden vê como uma prioridade real”, afirmou.
“E com relação à guerra da Rússia na Ucrânia, o presidente Biden teve a oportunidade de falar brevemente com o presidente eleito logo após sua vitória, e eles concordaram que discutiriam os detalhes sobre todas essas questões, incluindo a questão da Ucrânia, quando tiverem a chance de se conhecerem pessoalmente.”