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O comitê da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo (16) contra uma inserção veiculada pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais sobre declaração do candidato à reeleição a um canal do YouTube a respeito de menores venezuelanas. O objetivo é que o entorno petista fique proibido de explorar o conteúdo.
A campanha de Lula associa Bolsonaro ao crime de pedofilia ao usar trechos da fala dita pelo candidato à reeleição . "Você que é mãe, você que é pai, veja só o que Bolsonaro falou sobre meninas de 14 anos", comenta. Na sequência, a inserção apresenta um trecho da declaração sobre as menores.
"Parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas, 3 ou 4 bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei, [perguntei] 'posso entrar na sua casa?', entrei", diz Bolsonaro no trecho veiculado.
A inserção da campanha de Lula conclui com questionamentos sobre Bolsonaro. "Pintou um clima? Com uma garota de 14 anos? É esse homem que diz defender a família?", aponta. Em live na madrugada deste domingo (16), o presidente rechaçou as acusações, disse que a visita foi gravada em live e destacou que sempre combateu a pedofilia e o regime venezuelano do ditador Nicolás Maduro.
"Acompanho com dor, com sofrimento as família que fogem da Venezula para o Brasil. Fogem da fome, fogem da violência do regime apoiado por Lula. Agora, pegam um pedaço e invertem tudo isso?", critica Bolsonaro. "Tudo que ocorreu foi numa live que eu abri há dois anos, mostrando para o Brasil que nós não podemos deixar isso acontecer com a nossa pátria, o que fariam com as nossas filhas. É isso que eu fiz. Agora, de novo, o PT distorce como se eu fosse uma pessoa que entrasse naquela casa com outros interesses", acrescentou.