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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que não vai congelar o preço dos combustíveis já que não tem poder sobre a Petrobras. A afirmação foi feita sexta-feira (8), mesmo dia em que a estatal anunciou reajuste de 7,2% na gasolina e gás de cozinha.
"Eu não tenho poder sobre a Petrobras. Eu não vou, na canetada, congelar o preço do combustível, muitos querem. Já tivemos experiência de congelamento no passado", disse Bolsonaro em discurso na 1ª Feira Brasileira de Nióbio, em Campinas (SP .
Sobre a inflação dos últimos meses, o presidente afirmou que "ninguém aumenta preços porque quer". E voltou a citar que o Brasil corre risco de desabastecimento em breve. Bolsonaro já havia dito isso no dia anterior, quinta-feira (7), afirmando que o motivo seria redução na produção de fertilizantes.
Também sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a inflação teve a maior alta em um único mês desde o lançamento do Plano Real nos anos 1990. O IPCA (índice que mede a inflação no país) ficou em 1,16% em setembro. Com o salto nos preços, o indicador quebrou a barreira dos dois dígitos em 12 meses, totalizando 10,25%.