O presidente Jair Bolsonaro disse que o acesso ao armamento ainda é limitado no Brasil e que fará de tudo para ampliar as autorizações para que a população se arme. "O comércio de armas no Brasil ainda está restrito. Essas armas de maior potência que o pessoal tem vêm de fora, vem de há muito. Agora... os caras querem sempre relacionar o armamento com o número de violência", disse o presidente, durante entrevista que concedeu ao filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP). Bolsonaro declarou que não medirá esforços para que haja maior liberação. "No que depender de mim... depende do parlamento, muita coisa... a arma vai ser bastante democratizada no Brasil."
O presidente repetiu a frase que ficou conhecida após o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril vir a público. Na ocasião Bolsonaro afirmou que queria a população armada para "impedir uma ditadura no país", e exigiu que o ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, e o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, tomassem providências. "Eu quero todo mundo armado! Que o povo armado jamais será escravizado."
Nesta semana, Bolsonaro reclamou da recente decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a alíquota zero para importação de revólveres e pistolas. Em evento em Porto Seguro (BA), o presidente afirmou que o STF não poderia revogar a isenção por não "gostar de arma".