Após encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta sexta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro declarou que Brasil e China estão "próximos de 100% afinados" na questão econômica, e que questões políticas - inclusive as disputas entre China e Estados Unidos, outro país que Bolsonaro vê como importante aliado - serão discutidas "caso a caso". "Nunca seremos 100% afinados (com a China), mas na questão econômica, acredito que estamos bem próximos disso", afirmou o presidente brasileiro.
Crítico máximo do comunismo, regime político do governo chinês, Bolsonaro chegou a criticar o país asiático durante sua campanha eleitoral, no ano passado, dizendo que a China "queria comprar o Brasil". Durante a visita, no entanto, o discurso pragmático adotado pelo mandatária brasileiro ignora a ideologia e mira nas prerrogativas econômicas. O megaleilão de petróleo marcado para 6 de novembro é uma das questões econômicas onde parece haver alinhamento. Bolsonaro convidou estatais chinesas para participarem da oferta de áreas de exploração no pré-sal. "As informações que eu tive são de que a China tem interesse em participar. E é bom para todos nós."
O presidente brasileiro afirmou que na reunião também se falou do etanol. Segundo Bolsonaro, o governo chinês se interessa pelo biocombustível por buscar cumprir metas de menor poluição e emissão de CO2. "Acredito que brevemente, estaremos exportando etanol para a China", disse.