O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais na noite deste domingo (8) para condenar os atos de vandalismo em prédios públicos do Distrito Federal. Apesar disso, ex-chefe do Executivo lembrou que integrantes da esquerda participaram de depredações em Brasília em 2013 e 2017.
“Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, disse Bolsonaro.
Além disso, o Bolsonaro rebateu as acusações de suposto envolvimento na organização dos atos de vandalismo aos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). “Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade. No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”, acrescentou.
Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o último dia 30 de dezembro. O ex-presidente embarcou para o país norte-americano dois dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Este genocida não só provocou isso, não só estimulou isso, como, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais também", afirmou Lula referindo-se a Bolsonaro.
Mais cedo, aos menos dois deputados dos EUA defenderam que o ex-presidente seja extraditado ao Brasil. Segundo o ministro da Segurança Pública, Flávio Dino, aproximadamente 200 pessoas já foram presas, acusadas de participarem dos atos violentos.
Após os atos de invasão, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o dia 31 deste mês. "Hoje todo mundo sabe que tem mais de um discurso do ex-presidente da República estimulando isso. Ele [Bolsonaro] estimulou a invasão na Suprema Corte", completou Lula.