O presidente Jair Bolsonaro atendeu ao lobby da indústria de refrigerantes e ampliou um incentivo fiscal que havia sido reduzido por seu antecessor, Michel Temer. Por decreto, Bolsonaro ampliou de 8% para 10% o crédito de IPI concedido às fabricantes de concentrado de refrigerante. A nova alíquota valerá de outubro a dezembro deste ano. A medida contraria o discurso oficial de reduzir benefícios fiscais e subsídios a empresas.
Em maio de 2018, Temer havia baixado de 20% para 4% esse crédito fiscal. Depois, sob pressão do setor, definiu que o incentivo subiria a 12%, no primeiro semestre de 2019, caindo em seguida para 8% no segundo semestre e 4% em 2020. Foi essa medida que Bolsonaro reverteu, em parte. Ao menos por enquanto, a alíquota de 4% para 2020 segue valendo.