Em transmissão ao vivo realizada por meio da sua página oficial no Facebook nesta quinta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro criticou em diversos momentos o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) pelo episódio na cidade cearense de Sobral. Ao lado do hoje ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni, o presidente primeiro pediu que o ministro não citasse o nome do senador, mas perguntou se "aquele cara que subiu no trator e foi empurrar portão" agiu corretamente. Em resposta, Onyx falou em irresponsabilidade, desequilíbrio e evidente direito à legítima defesa por parte de quem estava no bloqueio que Cid tentava furar. Mais adiante, o presidente chamou para frente da câmera o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), perguntou sobre a programação de carnaval do parlamentar e em seguida, falou que ele próprio deve "dar uma fugidinha" apesar de precisar ficar em lugar reservado, por segurança. Aqui, Bolsonaro rememorou já ter sido questionado pela imprensa em uma situação em que circulou de moto em um feriado e afirmou "não tenho habilitação para dirigir retroescavadeira, mas motocicleta eu tenho".
Ainda sobre a crise de segurança no Ceará, Bolsonaro comentou decreto de Garantia da Lei e da Ordem assinado por ele e que autoriza o uso das Forças Armadas na segurança pública em Fortaleza. Na transmissão, o presidente afirmou que vai procurar os presidentes de Câmara e Senado para colocar em votação uma proposta que versa sobre o excludente de ilicitude em casos de GLO com o objetivo de dar segurança jurídica a militares enviados para esse tipo de missão. "Se estamos em guerra urbana, tem que mandar gente para lá para resolver esse problema; e acabou a guerra não pode depois ser julgado por leis da paz - onde aqueles otários ficam soltando pombinha na Lagoa Rodrigo de Freitas, botando cruzinha na praia de Copacabana", afirmou o presidente ao ridicularizar ações de grupos voltados aos Direitos Humanos.