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Quando era deputado federal, Jair Bolsonaro defendeu, em 2007, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de obrigar a Câmara dos Deputados a instalar a CPI do Apagão Aéreo. À época, Bolsonaro era oposição e o governo estava sob o comando do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu espero que o Supremo tenha, apesar do que eu falei aqui, é o Supremo... Espero que tenha uma decisão lá voltada para a razoabilidade e deixe instalar a CPI", disse Bolsonaro em entrevista à TV Câmara, veiculada em 2007.
A opinião do então deputado contrasta com o que disse nesta sexta-feira (8) o presidente da República. Bolsonaro criticou o ministro do STF Luís Roberto Barroso por determinar a instalação da CPI da Covid para apurar a omissão do governo na condução da pandemia de coronavírus. "Use a sua caneta para boas ações, em defesa da vida e do povo brasileiro, e não para fazer politicalha dentro do Supremo", disse o presidente.
Em 2007, a CPI do Apagão pretendia investigar a crise no sistema aéreo brasileiro causada pelo acidente entre um Boeing da Gol (vôo 1907) e o jato Legacy, no qual morreram 154 pessoas. O então presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), se recusava a instalar a CPI. A oposição da época, composta por PSDB, PPS (atual Cidadania) e PFL (hoje DEM), entrou com recurso no STF. A comissão só foi instalada após decisão do Judiciário.