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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ)| Foto: PL Mulher

O ex-presidente Jair Bolsonaro depôs por mais de 3 horas à Polícia Federal nesta terça-feira (16) na investigação sobre a falsificação de seu cartão de vacina contra a Covid. Segundo o ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten, que atualmente o assessora, Bolsonaro “respondeu a todas as perguntas” e “reiterou que jamais se vacinou”.

“O Pr [presidente] reiterou que jamais se vacinou, que desconhecia toda e qualquer iniciativa para eventual falsificação, inserção, adulteração no seu cartão de vacinação bem como de sua filha”, postou Wajngarten no Twitter. “O Pr [presidente] ressaltou que comprou mais de 500 milhões de doses de vacinas, que respeitou a liberdade de cada brasileiro de tomar ou não a vacina e a autonomia do médico”, escreveu ainda o ex-secretário.

Este é terceiro depoimento de Bolsonaro à PF neste ano. Ele já foi interrogado sobre joias que recebeu de presente da Arábia Saudita e também sobre os atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro.

Segundo Wajngarten, no depoimento de hoje, Bolsonaro também “respondeu que não orientou, que não participou de qualquer ato de insurreição ou subversão contra o Estado de Direito”. Ainda segundo ele, o depoimento “transcorreu de forma côrtes e republicana” e Bolsonaro “continua à disposição da justiça, como sempre esteve”.

Na próxima quinta-feira (17), o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e que está preso, prestará depoimento à PF sobre o caso do cartão falsificado de vacina. Segundo as investigações, ele teria chefiado o esquema para favorecer a mulher e outros ajudantes, para que pudessem viajar ao exterior sem precisar de tomar a vacina.