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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (13) que o suposto acordo que teria feito com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes envolvia o fim do inquérito das fake news e uma solução para Zé Trovão, alvo de investigações na Corte. Na semana passada, o presidente afirmou que teria feito uma espécie de acordo com o ministro para baixar o tom das críticas contra o Supremo e publicar a “carta à nação”, logo após os atos de 7 de setembro de 2021.
No entanto, o ex-presidente Michel Temer (MDB), que acompanhou a reunião entre os dois, negou a existência de um acordo. "Eu assinei a carta. Eu me descapitalizei politicamente. Levei pancada para caramba em troca de um cumprimento do outro lado da linha, coisa simples, até sobre esse inquérito que não tinha cabimento", disse Bolsonaro a jornalistas nesta segunda em frente ao Palácio do Planalto.
O presidente foi questionado se o inquérito citado seria o das fake news e ele confirmou, informou a Folha de S. Paulo. "Envolvia sim. Um ou dois meses e ia botar um ponto final. Lamentavelmente do outro lado não veio nada", disse o chefe do Executivo. "Até tratamos sobre o [Zé] Trovão. Tínhamos o risco do Trovão voltar para cá [ele estava foragido], ser preso e o Brasil parar. Como vamos tratar o caso do Trovão. Foi discutido ali. ‘Eu vou tratar dessa maneira.’ E nada foi cumprido, nada, zero", completou Bolsonaro.
Moraes decretou a prisão de Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, no dia 1º de setembro de 2021. Ele é investigado no inquérito sobre atos antidemocráticos. O caminhoneiro ficou foragido até 26 de outubro, quando se entregou à Polícia Federal.