O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar neste sábado (19) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de bloquear o Telegram no país. O chefe do Executivo disse que a determinação "não encontra amparo" no Marco Civil da Internet nem na Constituição. Nesta sexta-feira (18), Bolsonaro afirmou que a suspensão do aplicativo de mensagens era "inadmissível".
"Não encontra nenhum amparo no Marco Civil da Internet e nem em nenhum dispositivo da Constituição", disse Bolsonaro, ao ser questionado sobre o tema. O presidente fez a declaração após sair de barbearia no bairro do Cruzeiro, área central de Brasília, onde cortou o cabelo.
O advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, entrou com um pedido de liminar no Supremo para desbloquear o Telegram em todo o Brasil. Bolsonaro usou o mesmo argumento da AGU ao criticar a decisão citando o Marco Civil da Internet. Candidato à reeleição, o mandatário tem um canal com 1,086 milhão de seguidores no Telegram.
Moraes determinou a suspensão atendendo a um pedido da Polícia Federal, após o Telegram descumprir ordens judiciais para remover informações falsas. Além disso, a plataforma ignorou inúmeras tentativas de contato de autoridades brasileiras, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).