
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (27) que sua filha mais nova, Laura, de 11 anos, não receberá a vacina contra a Covid-19. A declaração foi dada a jornalistas na chegada do presidente à cidade de São Francisco do Sul (SC), escolhida por ele para passar a virada de ano. Bolsonaro reafirmou que o Ministério da Saúde deve confirmar detalhes da vacinação infantil no começo de janeiro.
"Eu tenho conversado com o Queiroga nesse sentido. Ele, dia 5, deve editar normas de como é que devem ser vacinadas crianças", disse". Na sequência afirmou: "espero que não haja interferência do Judiciário. Espero, porque minha filha não vai se vacinar, vou deixar bem claro, ela tem 11 anos de idade".
A autorização para o uso de imunizante contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos foi conferida pela Anvisa à Pzifer em 16 de dezembro. A liberação para o uso no país, entretanto, não significa sua aplicação nas campanhas de vacinação, que é definida pelo Ministério. O tema s tornou uma queda de braço entre governo federal e estados após afirmações do ministro Marcelo Queiroga sobre exigências como a prescrição médica para imunização e a avaliação de que o atual patamar de mortes de crianças por Covid-19 não justificaria "decisões emergenciais".
Antes de confirmar a adição de mais este grupo no calendário vacinal, a pasta abriu consulta pública sobre o tema, que fica aberta até o dia 2 de janeiro.