Presidente Jair Bolsonaro (PL).
Presidente Jair Bolsonaro (PL).| Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (31) que representantes das Forças Armadas levantaram "mais de uma dezena de inconsistências" no trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os militares foram convidados pelo TSE para participar do processo eleitoral. A declaração do mandatário foi feita durante uma entrevista à TV Record no Norte Fluminense.

"As Forças Armadas peticionaram ao ministro [Luís Roberto] Barroso sobre essas vulnerabilidades. Ele não nos respondeu em tempo hábil, dizendo que estava em recesso. Foi reiterada agora, essa questão. Cabe ao TSE, agora, mostrar e comprovar que estão certos, ou onde poderão corrigir essas inconsistências. O que mais queremos e desejamos e não abrimos mão são eleições limpas e transparentes para o corrente ano", disse o presidente.

Na última sexta-feira (28), uma equipe especializada das Forças Armadas na área cibernética reforçou à Corte eleitoral um pedido de esclarecimentos sobre os processos que envolvem os procedimentos técnicos, a transparência e a segurança das urnas eletrônicas. No entanto, o TSE, assim como todo o Poder Judiciário, está em recesso. Bolsonaro já fez reiteradas críticas ao sistema eleitoral brasileiro.

Em julho de 2021, o chefe do Executivo fez uma live dedicada a expor supostas irregularidades nas urnas, mas não apresentou nenhuma prova concreta de fraude. Na entrevista desta segunda, ele questionou também a veracidade das pesquisas eleitorais. "Até poucas semanas, as pesquisas davam diferença de 25 pontos do Lula em relação a mim. Agora, como eles têm que registrar no TSE as pesquisas, a diferença está bem pequena, quase na margem de erro", disse Bolsonaro.

O presidente está cumprindo agenda no Norte Fluminense para uma visita ao Porto do Açu. Ele está acompanhado da deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ) e se encontrou com os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho e com o prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho (PSD).