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O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro aparecem formalmente como investigados no inquérito aberto no STF na segunda-feira (27) pelo decano da Corte, ministro Celso de Mello. A informação consta no sistema processual do STF atualizado nesta terça-feira (28) após a decisão do ministro. O inquérito foi aberto para apurar as acusações feitas por Moro contra Bolsonaro. O ex-ministro afirma que o presidente da República tentou interferir Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. Celso de Mello deu até 60 dias para que Moro seja ouvido pela Polícia Federal, conforme pedido pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na decisão, o decano observou que Bolsonaro "também é súdito das leis", apesar de ocupar uma "posição hegemônica" na estrutura política brasileira, "ainda mais acentuada pela expressividade das elevadas funções de Estado que exerce".