O procurador-geral da República Augusto Aras defendeu nesta quinta (3), o direito do presidente Jair Bolsonaro em desistir de prestar depoimento no inquérito em que é investigado.| Foto: Roberto Jayme/TSE
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O procurador-geral da República Augusto Aras defendeu nesta
quinta (3), o direito do presidente Jair Bolsonaro em desistir
de prestar depoimento no inquérito em que é investigado por suposta interferência
política na Polícia Federal. A decisão foi anunciada pela
Advocacia-Geral da União (AGU) na última quinta (26), e levou o ministro Alexandre
de Moraes a pedir um parecer da PGR sobre o caso. "Inexiste razão
para se opor à opção do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, de não
ser interrogado nos presentes autos, seja por escrito, seja presencialmente. Na
qualidade de investigado, ele está exercendo, legitimamente, o direito de
permanecer calado", anotou Aras. "Há de ser respeitada, pois, a
escolha da autoridade investigada, que intenta exercer o seu direito ao
silêncio, constitucionalmente garantido". O PGR cita que o próprio
Supremo, ao proibir a condução coercitiva, entendeu que a legislação 'prevê o
direito de ausência do investigado ou acusado ao interrogatório'. A
manifestação foi enviada a Moraes, que deverá
decidir sobre a desistência da oitiva do presidente.