O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou neste sábado (12) que manterá sua visita ao presidente russo, Vladimir Putin, na semana que vem, mesmo em meio à escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia. Os EUA afirmaram nesta sexta-feira "existe uma possibilidade clara" de um ataque das tropas russas ao país vizinho na próxima semana e pediram que seus cidadãos e diplomatas saiam da Ucrânia nas próximas 48 horas. A Rússia também ordenou que seus diplomatas deixem a Ucrânia.
Após conceder entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, na rádio Tupi de Campos dos Goytacazes, Bolsonaro, que deve embarcar para Moscou na segunda-feira (14), salientou a importância das relações comerciais entre Brasil e Rússia para o agronegócio. "O Brasil depende em grande parte de fertilizantes da Rússia, da Bielorrúsia [Belarus]. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam aos nossos países, como energia, defesa e agricultura", afirmou.
Sobre a instabilidade entre Rússia e Ucrânia, o presidente brasileiro disse pedir "a Deus para que reine a paz no mundo para o bem de todos nós". O encontro com Putin deve ocorrer na quarta-feira (16). No dia seguinte, Bolsonaro deve ir a Budapeste para se encontrar com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.