Neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou não querer interferir na taxa básica de juros, a Selic, que é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em junho, o Copom decidiu manter a taxa em 6,5% ao ano, decisão esperada pelos analistas de mercado financeiro. Foi a décima vez consecutiva em que a taxa foi mantida no menor patamar da série histórica. A Selic serve como referência para as demais taxas de juros cobradas de pessoas e de empresas.
"A taxa Selic vamos supor que baixe 1%. Não é na canetada, porque eu não sou a Dilma Rousseff, por favor. 1% equivale a quanto de economia para os cofres? R$ 40 bilhões... Agora, não quero interferir. Porque vão falar. Igual falaram mentirosamente que eu interferi no preço do combustível lá atrás", disse. Questionado sobre se tem conversado com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre corte de juros, Bolsonaro afirmou: "Eu não falo certas [coisas] para evitar dizer que eu estou interferindo. O que ele tem falado é que, com as medidas tomadas, já se sente o reflexo numa menor taxa de juros a longo prazo".