O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar nesta sexta-feira (22) sobre a aprovação da vacina Coronavac, a única, até o momento, disponível no Brasil. No último domingo (17) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e de Oxford/AstraZeneca, distribuída no Brasil pela Fiocruz.
"Eu não posso obrigar ninguém a tomar vacina, como um governador um tempo atrás falou que ia obrigar. Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária, afinal de contas, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí", afirmou, a jornalistas no Palácio da Alvorada.
A partir da aprovação da agência reguladora, os 6 milhões de doses da Coronavac foram distribuídos pelos estados para o início da primeira fase da vacinação (Veja a lista por estado). "O pessoal dizia que eu era contra a vacina. Eu era contra a vacina sem passar pela Anvisa. Passou pela Anvisa, eu não tenho mais o que discutir, eu tenho que distribuir a vacina", emendou Bolsonaro.
Nos últimos dias o governo federal tem negociado com a China a liberação de insumos essenciais para a produção das vacinas no Brasil. "O problema, como o próprio embaixador disse, é burocrático. Não é nada de político, como alguns falaram", disse o presidente na quinta (21). De acordo com ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a Embaixada do Brasil em Pequim está negociando a liberação dos insumos retidos, cuja previsão de entrega era ainda para este mês.