O presidente Jair Bolsonaro voltou a receber nesta quinta-feira (7), no Palácio do Planalto, Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura. O presidente já havia a encontrado em agosto deste ano. Na ocasião, ofereceu um "almoço de cortesia" a Maria Joseíta e disse considerar o ex-comandante do DOI-Codi um "herói nacional".
O novo encontro com a viúva do militar ocorreu uma semana após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente defender medidas drásticas – como um novo AI-5 – caso o país enfrente manifestações de rua semelhantes as que ocorrerem no Chile. Brilhante Ustra esteve à frente do órgão de repressão do regime militar no período em que foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados no local, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). O coronel morreu em 2015, aos 83 anos, sem cumprir pena.