O ex-secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, afirmou que o Brasil deixou de comprar vacinas da Pfizer por "incompetência" e "ineficiência". Wajngarten concedeu uma entrevista à revista Veja, publicada nesta quinta-feira (22). O ex-chefe da Secom criticou a atuação do Ministério da Saúde na negociação, mas sem citar o então ministro, Eduardo Pazuello. Ele também defendeu o presidente Jair Bolsonaro. “O presidente Bolsonaro está totalmente eximido de qualquer responsabilidade sobre isso. Se as coisas não aconteceram, não foi por culpa do Planalto”, disse. Em março, Bolsonaro exonerou Wajngarten da chefia da Secom.
O ex-secretário afirmou que participou da negociação com a Pfizer. Segundo ele, apesar de as conversas avançarem com representantes da farmacêutica, a negociação travava no Ministério da Saúde. “As negociações avançaram muito. Os diretores da Pfizer foram impecáveis. Se comprometeram a antecipar entregas, aumentar os volumes e toparam até mesmo reduzir o preço da unidade, que ficaria abaixo dos 10 dólares. Só para se ter uma ideia, Israel pagou 30 dólares para receber as vacinas primeiro. Nada é mais caro do que uma vida. Infelizmente, as coisas travavam no Ministério da Saúde”, apontou. Wajngarten deve ser ouvido na CPI da Covid.