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O diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a Anvisa está retardando a autorização para a importação da matéria-prima da farmacêutica Sinovac que iria viabilizar a fabricação da vacina chinesa no Brasil. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, o plano original do instituto seria receber em outubro 6 milhões de doses do imunizante Coronavac já prontos e fabricar no Brasil, até dezembro, as outras 40 milhões de doses a partir da matéria-prima que chegaria da China. Covas alega que enviou um pedido de liberação excepcional da importação do produto no dia 23 de setembro e que somente nesta quinta (22), recebeu a informação de que o assunto só será tratado em uma reunião marcada para o dia 11 de novembro. "Estou inconformado e ansioso", diz ele. "Uma liberação que ocorre em dois meses deixa de ser excepcional", segue. "A fábrica do Butantan já está pronta para produzir a vacina". "Estamos esperando apenas a autorização para importar a matéria-prima e começar o processo."
Anvisa diz que pedido está em analise
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que o pedido de importação de insumos para a produção da vacina chinesa, a Coronavac, em desenvolvimento pelo Instituto Butantã, está em análise e que deve decidir sobre a demanda em até cinco dias. "Devido o período de transição da composição da diretoria colegiada da Agência, a decisão sobre o pedido de importação foi colocada em Circuito Deliberativo. Este tipo de votação deve apresentar decisão em no máximo 5 dias úteis", disse a agência, em nota. A Anvisa ressaltou que, ainda que o pedido de importação seja autorizado, a vacina não pode ser aplicada na população, porque a Coronavac não possui registro sanitário no Brasil. Em declaração recente, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra, negou que a autarquia possa passar por influências externas nos processos de avaliação de eficácia das vacinas contra a Covid-19.