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Diante de um estudo que demonstrou queda de efetividade da Coronavac em idosos e do debate entre cientistas sobre a necessidade de uma dose de reforço ou revacinação desse público, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, afirma que não há dados que justifiquem essa decisão e defende que agora é o momento de ampliar a parcela da população imunizada.
O debate sobre a necessidade de dose de reforço em pessoas acima dos 80 anos ganhou força a partir de um estudo preliminar de pesquisadores brasileiros e estrangeiros publicado na semana passada na plataforma MedRxiv em formato pré-print, ou seja, ainda sem a revisão de outros cientistas. O artigo mostrou que, nesse grupo etário, a eficácia global da Coronavac foi de apenas 28%.
Um dos autores da pesquisa, o infectologista Julio Croda, da Fiocruz, defendeu que idosos mais velhos sejam revacinados ainda neste ano, após o término da imunização do grupo prioritário. Para Palacios, no entanto, essa proposta não deve ser feita sem que seja conhecida a efetividade da vacina contra hospitalizações e mortes nessa faixa etária. A eficácia global medida no estudo refere-se a qualquer grau da doença.